Somos fatos reais, ou somos o real em construção, o sendo? Está latente em nós não-sermos, ou seja, podermos vir a sermos outros sem deixarmos de sermos nós mesmos?
Será que conseguirei entender esta grande questão de que é ser ou não-ser?
Prefiro ater-me à poética que à retórica.
Pois então, quem não é um poeta? Quem não acontece enquanto ser homem e humano, sagrado e profano?
Aquele que não representa, o que é? Somos criações criadoras, por isso sermos obras de arte enquanto eterna criação. Quando estaremos acabados? Quando vida não mais nos couber?
Mesmo em morte, somos vida. Vida enquanto memória.
E mesmo após muitas gerações vindouras, estaremos presentes potencialmente nas aprendizagens dos que nos descenderão. E as questões sem serem respondidas, sem serem consumadas, ainda nos farão, mesmo não nessa ordinariedade, mas sim num acontecer poético (que na realidade é o verdadeiro milagre), permancer mesmo que mudemos sem que existamos mais.
Se nada disso acontecer, não haverá realidade.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir